Israel vai se opor à venda de aviões F-35 norte-americanos aos Emirados Árabes Unidos, avisou nesta terça (18) o premiê Benjamin Netanyahu. O governo israelense, disse, não vai abrir mão de sua superioridade militar.
A declaração foi feita após uma reportagem do jornal Yedioth Ahronoth, segundo a Reuters. O diário sustenta que há negociações em curso entre Washington e Abu Dhabi para a venda das aeronaves militares.
Israel e os EUA têm um acordo de décadas que bloqueia a venda de equipamento bélico que diminua a chamada “vantagem qualitativa militar” do país frente a seus vizinhos – com quem Tel Aviv tem relacionamento belicoso desde a criação do Estado judeu.
Houve casos de venda de jatos militares dos EUA para os Emirados Árabes e para a Arábia Saudita em governos anteriores, “contra a vontade” de Israel, segundo o gabinete do premiê.
Israel e Emirados Árabes selaram na última quinta um acordo de normalização das relações bilaterais. Classificado como “histórico” por Netanyahu, o entendimento foi o primeiro do tipo entre Tel Aviv e um Estado do Golfo Pérsico.
Entre as nações árabes, os Emirados foram os terceiros a fechar um acordo do tipo, após Egito, em 1979, e Jordânia, em 1994. Há suspeitas, ainda não confirmadas, de que os próximos a formalizar relações com Israel são Bahrein e Omã.
O Sudão também manifestou interesse em uma composição com Israel.
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