No Afeganistão, cerca de 16 milhões estão passando fome após paralisação das atividades para evitar proliferação da Covid-19. É o equivalente a 43% de sua população, informou o canal afegão “ToloNews“, nessa quinta (20).
De acordo com a reportagem, quatro milhões de afegãos perderam as suas fontes de renda desde o início da pandemia.
“Acabei de conhecer uma mulher que me disse que não podia ficar em casa nem um único dia durante o bloqueio porque precisava ganhar dinheiro para comprar comida para sua família”, reportou o voluntário da WFP (Programa Mundial de Alimentos, em inglês), Nafisa Reshtin.
A mulher, segundo Reshtin, conseguiu trabalho como lavadora de pratos em cerimônias fúnebres – algumas delas em decorrência da doença.
As recorrentes ameaças por conflitos territoriais também levam o país a entrar para a lista dos que necessitam ajuda humanitária urgente, aponta a WFP.
“O Afeganistão deve continuar sendo o foco da comunidade internacional“, disse Wahid Amani, porta-voz da organização no país.
A expectativa da WFP é que US$ 218 milhões auxiliem dez milhões de afegãos que precisam de ajuda até o final do ano.
Um terço da população do Afeganistão já enfrenta escassez de alimentos. O país também tem um dos sistemas de saúde mais precários do mundo – são 0,3 médicos a cada mil pessoas. A média nos países ricos é de 3,5 por mil.
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