A agência de risco Fitch aposta em uma extensão da moratória temporária da dívida externa de países de renda baixa, proposta pelo G20 no início da pandemia. O assunto está na pauta da reunião do grupo, em novembro.
De acordo com a agência, a extensão pode durar todo o ano de 2021. O acordo prevê suspensão temporária dos pagamentos de principal e juros da dívida externa de 73 países e dura até dezembro deste ano.
Os países terão de efetuar os pagamentos mais adiante, com parcelamento em até três anos. Também há um ano de carência, no qual atrasos serão relevados.
O programa do G20 tem como objetivo principal solucionar problemas passageiros de liquidez desses países, causados pela pandemia.
Os credores irão tratar questões relacionadas a reestruturações da dívida, independente da crise do novo coronavírus, caso a caso.
Até a metade de julho deste ano, 42 países haviam tomado parte na iniciativa. Se estendida, a Fitch espera um aumento no número de nações participantes.
A agência usou dados do Banco Mundial para identificar que, entre os participantes, Angola foi o mais beneficiado. Neste ano, o alívio graças ao programa foi equivalente a 4,3% de seu PIB (Produto Interno Bruto).
Moçambique, República do Congo e Paquistão também estão entre aqueles que tiveram um alívio superior a 1% do PIB ou mais.
Espera-se que os países invistam os recursos adicionais em infraestrutura de saúde e auxílio à população durante a pandemia.
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