A escalada de violência que se espalha por Burkina Faso já resultou no deslocamento de mais de um milhão de pessoas – o equivalente a 5% da população total do país, informou a ONU (Organização das Nações Unidas), na terça (18).
Ataques de grupos armados no norte e leste do país impulsonam o êxodo, que tende a aumentar, avalia o porta-voz da Acnur (Agência da ONU para Refugiados), Babar Baloch.
Só em 2019, a atividade terrorista cresceu cinco vezes no Sahel, região entre o norte da África e o deserto do Saara. Os ataques são mais graves na área entre Mali, Níger e Burkina Faso.
Desde que a onda de violência começou, mais de 2,5 mil escolas foram forçadas a fechar, gerando prejuízo a quase 35 mil alunos.
Além da sua própria crise, Burkina Faso também acolheu quase 20 mil refugiados do vizinho Mali nos últimos oito anos.
No começo deste ano, no entanto, cerca de nove mil malineses partiram do campo de Goudoubo, onde estavam abrigados, após ataques de grupos armados. O Mali enfrenta, além de grave crise política, o avanço de grupos jihadistas no interior do país desde 2012.
Burkina Faso vive a crise humanitária que mais cresce no mundo, segundo a ONU. Ao deixar suas casas, os deslocados têm encontrado refúgio em “comunidades anfitriãs”.
Com recursos escassos, os serviços de saúde são ruins e há rápida redução dos meios de subsistência dessas populações. Para oferecer ajuda humanitária, o Acnur pediu ainda em junho o apoio de US$ 186 milhões (R$ 1,05 bilhão) para a região.
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