O Burundi, pequeno país na região central da África, deve pedir uma indenização de 36 milhões de euros (R$ 234 milhões) à Bélgica e Alemanha. O valor seria uma espécie de compensação pelo período em que foi colônia dos dois países, entre 1894 e 1962.
Especialistas já se reúnem em uma comissão do Senado local para rever os custos e danos causados pela era colonial. A nação também deve exigir a devolução de objetos históricos e arquivos roubados, informou a Rádio França Internacional.
Após definição do valor, o governo do Burundi vai enviar um relatório completo a Berlim e Bruxelas.
O Burundi tornou-se colônia da Alemanha na última década do século 19. Já a Bélgica assumiu o domínio do país após a Primeira Guerra Mundial, encerrada em 1918. Em 2022, o país completa 60 anos de independência.
Na era colonial, os governantes fortaleceram a divisão entre os grupos Hutu e Tutsi. O fator contribuiu para o conflito étnico e forte divisão no país.
Em 1993, a disputa se transformou em uma guerra civil que durou 12 anos. Estima-se que 30 mil pessoas foram mortas.
Na vizinha Ruanda, o genocídio dos tutsis ceifou quase um milhão de vidas no ano seguinte, gerando indignação na comunidade internacional.
Além de Burundi, a Alemanha também está em negociações com a Namíbia desde 2015 por danos causados pela colonização.
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