Um livro didático utilizado por escolas do estado de Victoria, na Austrália, causou polêmica após utilizar um mapa em que Beijing detém a maior parte do Mar do Sul da China.
A questão é sensível, já que o governo australiano e outros países da região discordam das investidas de Beijing e também reivindicam a área.
Além do mapa, a obra ainda dedica duas páginas ao “sonho chinês”, um conceito promovido por Xi Jinping em 2012. Também há uma discussão sobre as virtudes da iniciativa do Cinturão da Rota da Seda e a necessidade da China de construir seu “poder nacional abrangente”.
Os autores da obra disseram ao britânico “The Guardian” que adaptaram a obra ao curso das disciplinas de língua, cultura e sociedade chinesa.
O livro está sendo usado em 11 escolas do estado, incluindo as prestigiadas Camberwell Grammar School e Ruyton Girls School – ambas particulares.
“Um livro assim na Austrália discorda não apenas com as sensibilidades de grande parte da região”, disse Rory Medcalf, professor da Australian National University. “Mas também do direito internacional e a política do governo australiano.”
A editora americana Cengage Learning Asia, responsável pela publicação, pediu desculpas pelo “descuido editorial”. “Nunca tivemos a intenção de tomar uma posição política”, disse um dos autores da obra, Xu Jixing.
Agora a editora espera recolher cerca de 750 exemplares na Austrália e Singapura. O título também será revisado.
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