A UE (União Europeia) suspendeu o treinamento militar no Mali após golpe militar que derrubou o presidente Ibrahim Boubacar Keita. “Não treinamos exércitos para serem golpistas”, disse Josep Borrell, que chefia a polícia externa da UE à Reuters, na quarta (26).
Borrell frisou que a UE não tem responsabilidade ou relação com o motim que derrubou o governo. Cerca de 90% do Exército malinês foi treinado pelas forças da organização.
Militares amotinados na capital, Bamako, prenderam Keita e o forçaram a renunciar ao mandato no último dia 18. Ele foi solto nessa quinta (27) e já está em sua residência.
As missões da UE no Mali começaram em 2012, após o último golpe. O objetivo era estabilizar o país e aumentar a presença do Estado após a expulsão de militantes extremistas no norte. De acordo com a organização, a retirada de tropas é temporária.
“Sabemos que algumas das principais figuras do golpe também receberam treinamento na Alemanha e na França“, disse a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer. Os quatro líderes golpistas à frente do motim, porém, não foram treinados pela missão, apontou Kramp-Karrenbauer.
O treinamento da UE continuará nos vizinhos Níger e Burkina Faso, disseram autoridades.
Agora os líderes golpistas do Mali discutem um governo de transição. O objetivo é permitir que a UE retome o treinamento no país em parceria com a ONU (Organização das Nações Unidas).
Depois do golpe, a violência tem sido intensa no Mali. O país, assim como outras nações da África Ocidental, enfrenta ameaças crescentes de militantes islâmicos extremistas.
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