A Arábia Saudita só reconhecerá Israel caso Tel Aviv concorde com a criação de um Estado palestino. Também deverá se retirar das áreas ocupadas a partir de 1967, afirmou nesta quarta (19) o ministro das Relações Exteriores saudita Faisal bin Farhan.
O governo israelense esperava que os sauditas sinalizassem a possibilidade de avanços na normalização das relações bilaterais, informou o site Axios. Isso porque, secretamente, os dois países já têm canais de colaboração em questões como a contenção do Irã.
Os termos de um eventual acordo com a Arábia Saudita são os previstos pela chamada Iniciativa de Paz Árabe. O plano prevê a remoção das tropas israelenses de áreas como a Cisjordânia, as Colinas de Golã, a Faixa de Gaza e o Líbano. Também exige a criação da Palestina como país independente.
Criada em 2002, a resolução foi capitaneada por Riad e aprovada duas vezes em reuniões da Liga Árabe, em 2007 e 2017.
O governo de Israel espera que a normalização das relações com os Emirados Árabes Unidos, anunciada no último dia 14, incentive outros países muçulmanos a assinar acordos do tipo, de acordo com o Axios.
Além dos Emirados Árabes, o Egito, em 1979, e a Jordânia, em 1994 reconheceram Israel. Sudão, Omã e Bahrein também foram mencionados nos últimos dias como possíveis signatários de acordos com Tel Aviv.
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