Resultados preliminares mostram que o partido do presidente de Montenegro, Milo Djukanovic, perdeu seu protagonismo nas eleições parlamentares realizadas neste domingo (30).
Por tentar adesão à UE (União Europeia) e estreitar laços com o Ocidente, Djukanovic foi o artífice da independência montenegrina da Sérvia, em 2006 e adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em 2017.
Pequena república balcânica, Montenegro é mais um dos palcos onde se desenrola a disputa entre o Ocidente e a Rússia pela ampliação de uma esfera de influência.
A oposição no país, liderada pela Igreja Ortodoxa Sérvia, elegeu 28 candidatos. O governista PDS (Partido Democrático dos Socialistas), no poder há 30 anos, tem 29 deputados eleitos de uma lista de 81, diz a Reuters.
De acordo com a pesquisa da Comissão Independente (CeMi), que apurou cerca de metade das cédulas, o partido de Djukanovic teria 34,2% dos votos. Já a coalizão opositora, pró-Sérvia e pró-Rússia, aparece com 33,7%. A aliança de partidos de centro ficou em terceiro lugar, com 12,6% dos votos.
Com popularidade em declínio, o presidente enfrenta acusações de corrupção, captura das instituições de Estado e ligações com o crime organizado.
Na campanha eleitoral, ele se concentrou em combater a oposição da Igreja Ortodoxa Sérvia, que se opõe à lei de liberdade religiosa, dofinal de 2019. A norma abre caminho para que o Estado assuma o controle das igrejas e mosteiros administrados pela instituição. No país, 30% dos habitantes se declaram sérvios.
De acordo com a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa), a campanha foi pacífica, apesar do tom conflituoso. As autoridades montenegrinas tomaram as precauções necessárias para evitar o contágio em meio a pandemia do coronavírus. Também não há relato de fraude.
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