O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, propôs na terça (25) um referendo para decidir se a Suprema Corte deve processar os últimos cinco presidentes do país, acusados de corrupção. A informação é do canal TeleSur.
Neste caso, responderiam judicialmente os ex-presidentes Carlos Salinas de Gortari (1988-1994), Ernesto Zedillo (1994-2000), Vicente Fox (2000-2006), Felipe Calderón (2006-2012) e Enrique Peña Nieto (2012-2018).
A acusação é envolvimento em um esquema parecido com o Petrolão, envolvendo a empreiteira brasileira Odebrecht e a estatal Pemex, de petróleo.
O delator é o ex-diretor-geral da Pemex, Emilio Lozoya. O economista é acusado de corrupção, crime organizado, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
No México, a empresa brasileira pagava propina que abastecia campanhas dos políticos envolvidos e seus partidos. Esquemas semelhantes, com participação da Odebrecht, foram denunciados em toda a América Latina.
De acordo com a legislação mexicana, um referendo pode ser convocado por meio de um abaixo-assinado, com participação 2% dos eleitores. O presidente e um terço dos legisladores também podem chamar a consulta.
A revista britânica “The Economist” avaliou, em análise para a edição deste sábado (29), que “se fosse sério, [AMLO] recuaria e permitiria uma investigação abrangente e imparcial”. Seria uma forma de criar um “modelo que puna corrupção e desencoraje futuros malfeitos”.
Já a proposta de referendo de AMLO, para a revista, é “incompatível com um Estado de direito”. Em vez disso, seria preciso também fortalecer as instituições mexicanas de compliance estatal para identificar movimentações atípicas.
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