Mesmo após oposição pública de Israel à possibilidade de os Emirados Árabes comprarem armas – em especial jatos F-35 – dos EUA, há chances de que isso aconteça, informou o jornal israelense “The Jerusalém Post“, na quarta (19).
De acordo com o diário, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não deveria se assustar se os Emirados Árabes esperassem obter “algumas armas” com o recente acordo de paz assinado entre os países no dia 13.
À reportagem, um diplomata não identificado dos Emirados Árabes teria afirmado que espera que Israel não se oponha a qualquer acordo entre Abu Dhabi e Washington “se e quando” ocorrerem.
Para a fonte, a ameaça em comum do Irã pode ser um “bom negócio para todos”. Um incentivo extra para os EUA é a capacidade de aquisição dos Emirados Árabes, que poderia pagar bem pelo armamento.
O Egito teve o seu exército modernizado pelo governo norte-americano depois de assinar o acordo de normalização das relações com Israel, em 1979. A Jordânia também teria recebido jatos F-16 logo após o acordo com o Estado judeu, em 1994.
Na terça (18), Netanyahu declarou que o acordo com o país do Golfo não inclui a permissão para a compra das aeronaves.
O primeiro-ministro mostrou um relatório sobre suas objeções à compra junto do embaixador norte-americano, Ron Dermer.
O objetivo é deixar claro que Washington tem conhecimento da diligência do país. Fontes na Casa Branca, no entanto, já afirmaram que tudo no acordo é público e não há “anexos secretos” sobre vendas de armas.
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