Além da Rússia e da China, Coreia do Norte, Arábia Saudita e Cuba têm efetuado operações de desinformação para influenciar as eleições nos EUA, que acontecem em novembro. A informação, do site Cyberscoop, foi revelada por um oficial de contrainteligência norte-americano.
Espera-se que as atividades hackers de “atores estatais” aumentem nos dois meses que antecedem o pleito, segundo Bill Evanina, diretor da área de contrainteligência e segurança do governo dos EUA. A declaração foi feita durante evento online no último dia 19.
“Muita coisa vai acontecer nos próximos 70 dias para impactar e influenciar esses assuntos, por meio de atores estatais que representam ameaça, como Irã, China e obviamente a Rússia“, afirmou.
“Eles querem ser capazes de trazer sua própria ótica para fomentar discordância nos EUA. Países como Cuba, Coreia do Norte e Arábia Saudita”.
Instituições norte-americanas, como o Senado, já investigaram e confirmaram a interferência russa nas eleições de 2016. Agora, Beijing e Teerã também almejam reproduzir ao menos parte das táticas russas de desinformação contra os eleitores nos EUA.
Evanina se referiu a China, Irã e Rússia como “os três grandes”, por sua alta capacidade de intervenção em sistemas estrangeiros.
Operações mais modestas, como a saudita, miram em ataques contra rivais como o Catar, o Irã e a Turquia. Já os norte-coreanos investem contra veículos de imprensa para gerar desinformação sobre o regime.
Os cubanos, por sua vez, usam as redes sociais para criar contas que defendem o governo de Havana.
O especialista norte-americano relatou temer ataques contra estruturas eleitorais usadas no pleito de novembro. Entre eles, ransomware, ou o sequestro de um sistema mediante resgate.”Me preocupa uma inabilidade de as pessoas votarem por causa de ciberataques”, afirmou.
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