Após mais uma rodada mal sucedida, Egito, Etiópia e Sudão concordaram em retomar as negociações sobre a Barragem Hidrelétrica da Renascença, no rio Nilo, a partir desta quarta (19).
De acordo com a Al-Jazeera, a decisão foi tomada em encontro com a União Africana e os ministros das Relações Exteriores dos três países no domingo (16).
No retorno, os países devem apresentar propostas preliminares sobre a gestão da estrutura. “É imporante chegar a um consenso que garanta os direitos e interesses das três nações”, disse um comunicado conjunto emitido no domingo (16).
Segundo o documento, Egito e Sudão estão otimistas com a retomada das negociações e devem sugerir um mecanismo para resolver disputas futuras.
Os dois países suspenderam as negociações após a Etiópia ter anunciado que havia concluído a primeira etapa de enchimento do reservatório, em julho.
Cairo e Cartum entendem que o país não deve dar início ao processo sem antes chegarem a um acordo.
O projeto, situado no oeste da Etiópia, no rio Nilo Azul, é tema de controvérsia desde que o país iniciou o projeto de US$ 4 bilhões, em 2011.
A afluente, que começa na Etiópia, é fonte de 85% do rio Nilo. Para o país que hospeda a barragem, o projeto é uma oportunidade para se tornar um importante exportador de energia.
O Egito, por outro lado, depende do rio Nilo para abastecer suas fazendas e boa parte da população de mais de 100 milhões de habitantes. Entre os dois países, o Sudão diz que o projeto coloca as suas próprias represas em risco.
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