O chefe da Agência de Vigilância Atômica da ONU (Organização das Nações Unidas), Rafael Grossi, está no Irã para verificar se a quantidade de estoque nuclear do país adere aos termos previstos pelo acordo de 2015.
A suspeita é a de que o país está armazenando um arsenal não-declarado, informou a Associated Press.
A equipe deve acessar locais abertos no início dos anos 2000. “O objetivo é que as reuniões tenham um progresso concreto nessas questões pendentes”, afirmou Grossi.
Contrariado, o Irã afirmou que os inspetores da ONU não possuem “base legal” para verificar suas plantas nucleares.
No último levantamento da Plowshares Fund, fundação pela extinção do armamento nuclear, o Irã declarou não ter nenhum tipo de estoque. Já os EUA e a Rússia possuem 90% das armas nucleares do planeta.
Acordo vivo
Em 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirou o país do acordo nuclear do Irã em uma decisão unilateral. De lá para cá, outros países envolvidos – França, Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia e China – tentam mantê-lo em pé.
O acordo promete incentivos econômicos ao Irã em troca de restrições no seu programa nuclear. No entanto, o restabelecimento das sanções norte-americanas e a retirada do país do acordo contribuíram para que as disposições fossem violadas.
Uma reunião entre os membros permanentes do Conselho com o Irã está agendada para o dia 1º de setembro, em Viena. Os EUA não participam.
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