A recandidatura do atual presidente Alassane Ouattara ao terceiro mandato é a razão central para os protestos violentos que se desenrolam na Costa do Marfim desde o início de agosto.
No último sábado (22), duas pessoas foram mortas após confronto em Divo, no noroeste do país. Dezenas ficaram feridas, relatou a emissora francesa RFI. “A cidade está paralisada. Incêndios atingiram estações de ônibus, uma padaria e até a universidade”, relatou um habitante.
A oposição considera a reeleição de Ouattara inconstitucional. Em 2016, uma reforma legislativa definiu que apenas dois mandatos presidenciais são permitidos no país. Os apoiadores do atual presidente, no entanto, dizem que o número de reeleições foi “reposto a zero” neste ano.
O atual presidente anunciou que concorrerá à reeleição após a morte repentina do ex-premiê Amadou Gon Coulibaly, em julho.
Coulibaly seria o seu antecessor.
Na sexta (21), as autoridades eleitorais do país rejeitaram os pedidos do ex-presidente marfinense Laurent Gbagbo e do ex-líder rebelde Guillaume Soro para concorrer às eleições.
Em 2010, uma onda de violência caiu por todo país depois de Gbagbo se recusou a ceder ao vencedor das eleições, Ouattara.
As eleições na Costa do Marfim estão marcadas para o dia 31 de outubro.
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