A Áustria exigiu, de forma inédita, a saída de um diplomata russo do país. O representante é suspeito de “espionagem econômica” em uma empresa de alta tecnologia de com o apoio de um cidadão austríaco, informou o jornal austríaco Kronen Zeitung.
O diplomata deve sair do país até 1º de setembro. A decisão foi tomada na segunda (24) pelo governo da Áustria. A espionagem foi confessada pelo próprio funcionário em junho, no Tribunal Regional de Viena.
O diplomata russo teria dado “orientações” durante todo o processo, relatou o jornal. O acusado alegou imunidade diplomática e não deu explicações. Já o cidadão austríaco teve que pagar uma multa de 50 mil euros.
No mesmo dia, a Embaixada da Rússia em solo austríaco afirmou a sua indignação com a decisão, segundo eles, “infundada”.
“Temos certeza de que uma reação espelhada de Moscou não tarda a chegar”, consta na nota. Mais tarde, a Rússia também declarou o chefe da missão austríaca como “persona non grata” do país.
O incidente gerou tensão entre os dois países. Em 2018, a Áustria não concordou em expulsar os diplomatas do Kremlin após o envenenamento do ex-espião russo, Sergei Skripal, na Grã Bretanha. Na época, a maioria dos países da União Europeia aderiram à expulsão. O motivo foi “manter a neutralidade”, disse o jornal.
No início do mês, a Eslováquia determinou a saída de três cidadãos russos do país. Eles supostamente trabalhavam como espiões sob a “supervisão diplomática”.
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