Os 54 milhões de eleitores que não compareceram às eleições do Senado, nos dias 11 e 12, poderão ser processados pelo governo do Egito, informou a Associated Press na quarta (26).
O pleito reuniu apenas 8,9 milhões de egípcios – 14,23% dos 63 milhões aptos a votar no país. As eleições marcaram o retorno do Senado em substituição à Shura, conselho eliminado da Constituição do país em 2014.
Antes das eleições, o coordenador da comissão eleitoral, Lasheen Ibrahim, prometeu cumprir a lei que penalizaria quem não votasse em até 500 libras egípcias (R$ 178).
Nas redes sociais, muitos eleitores criticaram a decisão e questionaram como o governo planeja processar 53 milhões de pessoas. Outros afirmaram que o interesse é recolher dinheiro a qualquer custo.
“A ameaça pode incitar a raiva da população, já que o Senado tem apenas papel consultivo”, disse o escritor Gamal Taha. A nova instituição egípcia não tem poderes legislativos, ao contrário da Câmara dos Deputados.
Ao todo, o Senado terá 300 representantes – 200 escolhidos pela população e 100 pelo presidente, Abdel-Fattah al-Sisi. Como já esperado, a lista eleitoral fechada, com 100 partidários do presidente al-Sisi, conquistou um terço das cadeiras do Senado.
O certame deve ter um segundo turno, nos dias 8 e 9 de setembro, para definir os vencedores de 26 vagas restantes.
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