Nesta sexta-feira (3) completam-se cem dias de guerra na Ucrânia, com a ONU (Organização das Nações Unidas) renovando o apelo pelo fim imediato do conflito. O coordenador para a crise na Ucrânia, Amin Awad, aproveitou a oportunidade para dizer que a organização manterá os “esforços incansáveis para responder aos impactos devastadores da guerra, de maneira rápida” e citou que mais de 14 milhões de pessoas foram deslocadas pela guerra.
Awad destacou que “alcançar a paz está acima de tudo” e lembrou que a invasão da Rússia “é uma violação da integridade territorial e da Carta das Nações Unidas”. Segundo ele, “a guerra já teve um peso inaceitável sobre os civis, com a perda de vidas, de casas, de trabalho e de perspectivas”.
Awad destaca que 14 milhões de ucranianos abandonaram suas casas, a maioria mulheres e crianças. Os que ainda estão na Ucrânia sofrem com a falta de acesso à água e à eletricidade, e “milhões não sabem de onde virá a sua próxima refeição”.
O coordenador explicou que as agências humanitárias já estão preocupadas em como fornecer assistência aos civis durante a temporada de inverno, pois a região deverá começar a enfrentar o frio a partir de setembro. E disse ter esperanças de que a guerra termine em breve, especialmente por conta do que chamou de “restrições severas” impostas à Rússia.
Nas palavras de Awad, é “perigoso ter este tipo de guerra neste momento da história”, especialmente devido ao impacto na vida das pessoas e ao risco iminente de uma situação de fome, com Rússia e Ucrânia responsáveis por 30% da produção agrícola mundial.
Conteúdo adaptado do material publicado originalmente pela ONU News
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