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terça-feira, 1 de junho de 2021

Índia alcança meta, dobra a população de tigres e reduz risco de extinção da espécie

A Índia alcançou a meta de tirar os tigres da lista de espécies raras na fauna mundial, informou a organização ambiental WWF. A caça furtiva e a destruição do habitat reduziram drasticamente a população desses animais, atingindo um nível alarmantes em 2010.

No ano 2000, foram contabilizados cerca de 100 mil tigres livres na natureza em todo o mundo. Dez anos depois, o número despencou para 3,2 mil, posicionando a espécie no grupo de raridades.

Em julho do ano passado, o censo da Índia apontou 2.967 tigres, segundo o diário “The Indian Express”. O número é tranquilizador, mas ainda incrivelmente baixo. Isso porque a população de felinos selvagens no território indiano já foi muito maior: em 1947, ano da independência, o país somava cerca de 40 mil desses animais.

Índia alcança meta de livrar tigres da lista de espécies em extinção
Tigre bengala em reserva ambiental da Índia, março de 2016 (Foto: Divulgação/Derrick Brutel)

A extinção iminente dos tigres fez com que, em 2010, governos de 13 países se reunissem na primeira grande cúpula global sobre o tema. À época, os líderes concordaram em dobrar o número de tigres selvagens até 2022 – o próximo ano do tigre no calendário chinês.

Desde então, o crescimento da população de tigres foi surpreendente, disse a consultora sênior do Programa para Tigres da WWF, Beccy May. Segundo ela, Nepal, Butão e Rússia já estão perto de dobrar o número de tigres selvagens.

No Nepal, uma pesquisa de 2018 estimou que o número de tigres aumentou de 121 indivíduos, em 2009, para 235. Só no Parque Nacional de Bartia, a população cresceu quase cinco vezes, de 18, em 2008, para 87 dez anos mais tarde.

A caça ao tigre

Símbolo da tradição indiana, o tigre entrou na mira de caçadores durante o domínio britânico, quando os soldados ingleses começaram a oferecer recompensas por cada tigre morto, a partir de 1757.

A caça, então, passou a ser uma forma de recreação dos oficiais do Reino Unido. As administrações distritais facilitavam a captura dos felinos e usavam camponeses e empregados como “iscas” aos animais. Muitos eram mortos pelos felinos, que entravam na mira dos rifles de caçadores.

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