Um ataque suicida com carro-bomba feriu seis soldados franceses e quatro civis na cidade de Gossi, região central do Mali, na segunda-feira (21). A informação é da emissora de TV France 24
Os órgãos oficiais não informaram o estado de saúde dos feridos, que foram retirados do local em helicópteros militares. “A explosão foi tão forte que quebrou as janelas de algumas casas da região”, disse à Reuters o prefeito de Gossi, Moussa Ag Almouner.
“Estilhaços voaram por até três quilômetros desde o local da explosão. Isso indica que a bomba era grande”, analisou Wassim Nasr, especialista em terrorismo da France 24. “Também há relatos de uma troca de tiros entre jihadistas e forças francesas ao norte do local, o que sugere um confronto complicado para os militares”.
Retirada de tropas
A região tem forte atuação de duas milícias extremistas islâmicas, a Al Qaeda e o EI (Estado Islâmico). Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado. Na semana passada, um membro do alto escalão do EI foi preso pelo exército francês na região. No domingo, (20), o líder da Al-Qaeda no Magrebe conclamou seus combatentes a intensificar os ataques a tropas da França na região.
Os recentes confrontos acontecem em meio ao processo de redução das tropas francesas do oeste do Sahel africano, por ordem do presidente Emmanuel Macron. A missão Barkhane teve início em 2013, e desde então 55 soldados franceses morreram em combate ou ataques terroristas. Atualmente, 5,1 mil militares do país estão ativos por lá.
Especialistas e políticos ocidentais enxergam uma geopolítica delicada na região, devido ao aumento constante da influência de grupos jihadistas. Além disso, trata-se de uma posição importante para traficantes de armas e pessoas. A retirada das tropas de Macron tende a aumentar a violência.
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