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quinta-feira, 24 de junho de 2021

Ativistas contestam financiamento de usina de carvão em Bangladesh pela China

Mais de 100 ativistas de 21 países assinaram uma carta endereçada ao governo da China na terça (22) para que o país interrompa o financiamento de uma usina de carvão em Banshkhali, ao extremo sul de Bangladesh.

O apelo cobra o compromisso enviado por Beijing a Dhaka em fevereiro sobre o fim do apoio aos projetos altamente poluentes no país, reportou a RFA (Radio Free Asia). No documento, o governo chinês afirma que não deve mais considerar projetos de alta poluição e consumo de energia como mineração de carvão em Bangladesh.

Polêmico desde a aprovação, em 2016, o projeto para a usina de carvão já fez 12 mortos e 100 feridos. Também há registro de mais de 6 mil casos de assédio aos trabalhadores e moradores dos arredores da usina, diz o documento.

Ativistas de 21 países pedem que China interrompa financiamento a usina de carvão em Bangladesh
Ativistas ambientais pedem pelo fim do financiamento chinês às usinas de carvão de Bangladesh, maio de 2021 (Foto: Reprodução/Twitter/BWGED)

“A população local considera o projeto uma maldição, pois não apenas vidas foram perdidas, mas 10 mil pessoas perderam suas propriedades agrícolas”, aponta a carta. O documento assinado por 129 ativistas foi entregue ao ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, e ao ministério de Relações Exteriores de Dhaka.

A maior parte do financiamento da usina sai de Beijing através do programa de infraestrutura Cinturão da Rota da Seda.

Impacto ambiental

Outra exigência é a comprovação de aspectos apresentados na Avaliação de Impacto Ambiental da usina – alegadamente falsas. Um relatório do BWGED (Grupo de Trabalho sobre Dívida Externa de Bangladesh, na sigla em inglês), apontou que o documento aprovado por Dhaka minimiza os impactos ambientais da usina na qualidade do ar.

A usina também ficaria em área próxima à floresta de Sundarbans – o maior mangue do mundo, tido como patrimônio da Unesco (Organização das Nações unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O projeto deve começar a produzir até 1.320 MW de energia em 2023. Beijing financiou 70% do orçamento total, estimado em US$ 2,5 bilhões. A construtora à frente da usina também é chinesa: Shandong Electric Power Construction Corp, uma subsidiária da estatal PowerChina. A embaixada chinesa em Dhaka não respondeu aos pedidos de comentário.

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