Um grupo de 40 países instou a China a permitir o acesso imediato de observadores independentes na província de Xinjiang. O objetivo é verificar os centros de detenção onde civis da minoria muçulmana uigur seriam alvo de tortura, maus tratos e trabalho forçado.
A declaração, liderada pelo Canadá, conta com o apoio da Austrália, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Japão, Espanha, EUA e outros. “Estamos seriamente preocupados com a situação em Xinjiang”, disse a embaixadora do Canadá, Leslie Norton.
O documento pede que chefes de direitos humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), como a chilena Michelle Bachelet, tenham acesso imediato, significativo e irrestrito à província.
“Relatórios indicam que mais de um milhão de pessoas foram arbitrariamente detidas em Xinjiang”, diz o comunicado. “Há uma vigilância generalizada que visa desproporcionalmente os uigures e membros de outras minorias, com restrições às liberdades fundamentais e à cultura uigur”.
O documento cita ainda relatos de esterilização forçada, violência sexual e separação forçada de crianças de seus pais. A China nega maus tratos a uigures e afirma que os centros servem para treinamento vocacional e visam a combater o extremismo religioso.
Bachelet disse na segunda (21) que espera alcançar um acordo sobre os termos do acesso à China – incluindo Xinjiang – ainda este ano. O escritório de direitos humanos da ONU negocia a visita desde setembro de 2018.
Em resposta, Beijing afirmou que está “profundamente preocupado” com as “graves violações aos direitos humanos contra os povos indígenas do Canadá”.
Belarus, Irã, Coreia do Norte, Rússia, Sri Lanka, Síria e Venezuela assinaram o documento ao qual a agência catari Al-Jazeera teve acesso. “Historicamente, o Canadá roubou as terras dos indígenas, os matou e erradicou sua cultura”, disse o comunicado.
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