Duas irmãs sírias foram mortas no assentamento de Al-Hol, no nordeste da Síria, por membros do EI (Estado Islâmico), anunciou a SDF (Forças Democráticas Sírias, da sigla em inglês) na segunda-feira (28). De acordo com o portal Rudaw, elas tinham 17 e 23 anos.
As vítimas foram identificadas como Asma Amhed Khalaf e Ghufran Ahmed Khalaf pela agência síria NPA (Agência de Imprensa do Norte, da sigla em inglês).
As mortes ocorrem uma semana depois que a SDF prendeu membros de um “esquadrão da morte” do EI no assentamento, que registra diversos crimes desde o início do ano.
O acampamento Al-Hol abriga atualmente cerca de 60 mil pessoas, na sua maioria familiares de supostos combatentes do EI, incluindo mais de 8,5 mil estrangeiros. O local é o maior campo para refugiados e deslocados internos na Síria. Mais de 80% dos assentados são mulheres e crianças.
Em março, a SDF lançou uma repressão aos membros do EI no campo, prendendo dezenas de suspeitos de integrarem o grupo extremista.
Durante uma cúpula em Roma, na segunda-feira, o secretário de estado norte-americano Antony Blinken disse que a contínua detenção de ex-combatentes do EI no Iraque e na Síria é insustentável, argumentando que eles deveriam ser repatriados e reabilitados.
Dez anos em guerra
A guerra na Síria, que começou em 2011, causou a maior operação humanitária da ONU (organização das Nações Unidas) no mundo, com uma conta de US$ 10 bilhões para apoiar as pessoas afetadas no país e na região.
Com condições precárias de higiene e saúde, os moradores dos assentamentos vivem sob a sombra da violência e insegurança. Mais de meio milhão de crianças abaixo de 5 anos de idade na Síria sofrem com problemas de crescimento por causa da má nutrição.
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