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quarta-feira, 2 de junho de 2021

Larvas de mosca ajudam a alimentar frangos e salvam produção no Zimbábue

Pequenas produtoras de frango do Zimbábue ganharam um aliado inusitado para melhorar a produção, aumentar o faturamento e lutar contra a escassez de comida: uma mosca. As informações são do site New Frame

Sob a supervisão da FAO (Organização para a Alimentação e Agricultura da ONU), o grupo, composto basicamente por mulheres, adotou um método inovador de produzir ração para alimentar a criação de frangos. Elas usam larvas da mosca soldado negra, que é rica em proteínas. 

Larvas de mosca ajudam fazendeiras a aumentar produção de frango no Zimbábue
Black soldier fly: larvas da mosca ajudam a produzir ração para frangos (Foto: Reprodução/YouTube)

Com a seca, o aumento do custo da ração e a queda no preço de venda, a criação de frangos tinha deixado de ser lucrativa. A nova alternativa ajudou a salvar o negócio, que estava na iminência de ser abandonado.

A empreitada com a soldado negra, concentrada no distrito sul de Gokwe, província de Midlands, começou no último trimestre de 2020. De lá para cá, tornou-se um sucesso e chegou a outras regiões. Atualmente, diversos grupos de mulheres fazem parte de um grande programa que ensina a técnica a pequenos fazendeiros. 

Produção retomada

“Aprendemos que é possível produzir as larvas usando as sobras de comida e alguns outros alimentos podres, como legumes”, afirmou Miriam Sibanda, uma das coordenadoras do projeto. 

Ela conta que a estrutura é relativamente simples. “Fazemos pequenas armadilhas com gravetos, e é ali que a soldado negra deposita seus ovos. Depois de quatro ou cinco dias, os ovos tornam-se visíveis, e duas semanas depois surgem as larvas”. 

Em média, as mulheres coletam cerca de 10 kg de larvas a cada três dias. Então, elas são misturadas a outros componentes para formar a ração. 

Além dos frangos, elas passaram a vender também a própria ração a outros fazendeiros, aumentando assim o faturamento.  

O projeto no Zimbábue, porém, ainda está engatinhando, de acordo com Irvin Mpofu, professor da Universidade de Tecnologia Chinhoyi. Segundo ele, no Quênia e na África do Sul, pequenos fazendeiros chegam a produzir uma tonelada de larva por mês. Já os maiores produtores podem chegar a 10 toneladas. 

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