Uma emboscada matou 11 policiais e deixou quatro desaparecidos em Yirgou, ao norte de Burkina Faso, na segunda (21). Homens armados teriam invadido uma unidade policial e atirado contra os agentes, reportou o “New York Post”.
O ministro de Segurança do país africano, Ousseini Compaore, anunciou que as forças de segurança já estão atrás dos responsáveis. “Operações de busca conjunta com o exército estão em andamento desde ontem”, disse.
O ataque ocorre em meio à escalada de violência no Sahel africano. No dia 6, militantes atacaram a vila de Solhan, na mesma região, durante à noite. Mais de 160 civis foram mortos. Nenhuma organização extremista assumiu os ataques à região até o momento.
Além da emboscada mais recente, Yirgou já havia sido palco de um massacre em janeiro de 2019, quando uma insurgência jihadista de Burkina Faso invadiu o vilarejo e matou mais de 200 pessoas.
Um dos países mais pobres do mundo, Burkina Faso luta contra grupos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico desde que extremistas armados dominaram partes do vizinho Mali, em 2015.
A crise de segurança que se aprofunda no país africano já forçou o deslocamento de mais de um milhão de pessoas desde 2019. Grupos extremistas se espalharam pelo Sahel africano após dominarem grandes partes do norte do Mali em 2012 e 2013.
O combate envolve ainda tropas do Chade, Mauritânia e Níger, com o apoio de tropas francesas. Paris mantém 900 soldados em uma base militar na ex-colônia francesa. Outros 5,1 mil agentes atuam na Operação Barkhane – missão anti-jihadista lançada no Sahel em 2014.
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