Os rebeldes que dominam a região de Tigré, na Etiópia, não pretendem respeitar o cessar-fogo unilateral determinado pelo presidente Abiy-Ahmed. Eles prometem dar sequência aos combates para manter os “inimigos” afastados da região, de acordo com a agência qatari al-Jazeera.
As forças nacionais, apoiadas pelo exército da Eritreia, chegaram a reconquistar Tigré, mas os rebeldes viraram o jogo nas últimas semanas e passaram a ganhar território. Eles anunciaram um processo de “limpeza” para retomar integralmente o controle da região, e na segunda (28) já haviam retomado a capital Mekelle. À noite veio o cessar-fogo anunciado pelo governo.
“Há 25 minutos, o combate em Mekelle terminou. Nossas forças estão em perseguição rumo ao sul”, disse à Reuters Getachew Reda, porta-voz da TPLF (Frente de Libertação do Povo Tigré), partido político que controla a região e tem um grupo paramilitar a seu lado.
Assim como as forças do governo, soldados do exército da Eitreia não são vistos em Tigré desde segunda-feira, de acordo com uma testemunha que não quis se identificar.
Tigré está imersa em conflitos desde novembro, quando disputas eleitorais levaram Addis Abeba a determinar a tomada das instituições locais. Em meio aos confrontos entre a TPLF e as forças etíopes, a região enfrenta uma campanha que gera fome e violência e já deteriorou as condições de vida de cinco milhões de civis.
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