A polícia da África do Sul encontrou os corpos de 20 pessoas perto de uma mina abandonada cerca de 200 km ao sudoeste de Johanesburgo. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.
“Suspeitamos que os mortos sejam mineiros ilegais conhecidos informalmente como zama zamas. Eles operam nas minas desativadas de Orkney e Stilfontein”, informa um comunicado divulgado pela polícia.
Zama Zamas, na língua zulu, significa “aqueles que testam a própria sorte”, em tradução literal. Isso porque eles colocam a vida em risco trabalhando em minas geralmente desativadas e sem medidas de segurança eficientes. O subsolo de Johanesburgo tem uma das maiores reservas de ouro do mundo.
Os 20 mineiros mortos encontrados pela polícia tinham sinais de queimaduras, e os corpos estavam embrulhados em sacos plásticos brancos. Um inquérito foi aberto para investigar o caso.
Vidas em risco
Os maiores riscos à vida dos mineiros são explosões, inalação de fumaça tóxica, desabamento e a violência dos sindicatos do crime que geralmente coordenam o processo. A mais recente estatística indica que mais de 300 pessoas morreram nessas condições entre 2012 e 2015.
Em 2018, um relatório da ONG Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional calculou que a África do Sul tem um prejuízo anual de 753 milhões de libras esterlinas (R$ 5,3 bilhões) com a mineração ilegal.
A mineração informal nem sempre ocorre em minas desativadas. Em 2009, 82 mineiros morreram num incêndio subterrâneo em uma mina ativa comandada pela Harmony Gold, maior empresa de mineração da África do Sul.
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