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terça-feira, 1 de junho de 2021

Sobrevivente retorna a palco de massacre para ensinar jovens a rejeitar o extremismo

No dia 22 de julho de 2011, o extremista de direita Anders Breivik matou 69 pessoas, muitas delas adolescentes, na ilha de Utoeya, na Noruega. Astrid Hoem é uma das sobreviventes, e atualmente se dedica à luta contra o extremismo, conforme matéria da agência Reuters

Quase dez anos após a tragédia, Hoem retornou a Utoeya para um encontro de três dias com alunos do ensino médio. O objetivo é ensiná-los a solucionar conflitos e a lutar contra o racismo, de forma a fortalecer o combate ao extremismo de direita. 

Astrid Hoem, sobrevivente do massacre de 2011 na Noruega (Foto: Reprodução/Facebook)

“É importante falar sobre isso porque não queremos que aconteça novamente”, disse Hoem, que sobreviveu ao massacre porque se escondeu sob uma formação rochosa na praia, onde permaneceu imóvel por duas horas a fim de não ser localizada pelo atirador. 

“Ele [Breivik] atirou em uma garota perto de mim, pelas costas. Ela me disse: ‘diga aos meus pais que eu os amo porque eu vou morrer’, recorda Hoem, hoje com 26 anos.

A garota citada por Hoem sobreviveu, e como ela também se dedica a combater o extremismo. À época do ataque, Breivik era fervoroso crítico do partido trabalhista norueguês, pelo simples fato de que aos muçulmanos era permitido viver na Noruega. Ele enxergava nisso um complô para derrubar o cristianismo na Europa.

Outros ataques 

Antes de se dirigir à ilha, Breivik matou oitos pessoas com um carro-bomba, em frente ao escritório do primeiro-ministro. No total, foram 77 pessoas mortas pelo extremista, mais tarde condenado a uma pena inicial de 21 anos de prisão. 

Os crimes de Breivik motivou ao menos um atentado semelhante. Na Nova Zelândia, em 2019, o supremacista branco Brenton Tarrant atirou em 51 pessoas dentro de uma mesquita. Ele disse mais tarde que se inspirou no norueguês. 

Hoem destaca a conexão entre os dois eventos e destaca a importância de não arrefecer na luta contra o extremismo. “Aquelas opiniões, aquelas conspirações, aquele ódio… tudo isso está mais forte hoje do que há dez anos”, disse ela. 

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