Uma pesquisa de opinião realizada na Índia, pelo think thak The Pew Research Center, mostra que a maioria dos indianos é contra o casamento inter-religioso, mas considera o país tolerante quanto a assuntos religiosos. A informação é da rede britânica BBC.
A pesquisa indica que os indianos consideram a proibição do casamento inter-religioso uma questão de “alta prioridade”. Foram ouvidas 30 mil pessoas de 26 Estados e três territórios federais administrados. A pesquisa foi feita em 17 línguas diferentes.
“Os indianos expressam simultaneamente entusiasmo pela tolerância religiosa e uma preferência por manter suas comunidades religiosas em esferas segregadas. Eles vivem juntos separadamente”, diz o estudo publicado pelo instituto.
Hindus x muçulmanos
A maior rejeição, porém, não parte dos hindus, cuja religião é predominante no país. Os muçulmanos são maioria entre os que rejeitam o casamento entre religiões diferentes. A pesquisa mostra que 80% das pessoas que seguem o islamismo julgam necessário impedir a união inter-religiosa. No caso do hinduísmo, 65% dos entrevistados pensam dessa maneira.
No final de 2020, diversos Estados da Índia estabeleceram leis que criminalizam o casamento entre pessoas de religiões diferentes. A Lei Especial do Casamento exige um período de aviso prévio de 30 dias para casais inter-religiosos.
Alguns Estados liderados pelo Partido Bharatiya Janata (BJP), do primeiro-ministro Narendra Modi, tomaram medidas adicionais. Eles introduziram leis que proíbem a “conversão ilegal”, a fim de impedir que hindus mudem de religião para se casarem com pessoas de outras fés.
A legislação é uma resposta ao que grupos hindus de direita chamam de “jihad do amor”. A teoria infundada acusa homens muçulmanos de atrair mulheres hindus com o único propósito de convertê-las ao Islã. O hinduísmo é a religião de 80,5% da população indiana, contra 13,4% do islamismo e 2,3% do cristianismo.
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