Os valores oferecidas pela Alemanha para reparação do genocídio dos grupos étnicos herero e nama ainda não são suficientes, disse o presidente da Namíbia, Hage Geingob, na terça (11).
Na última negociação, que já se prolonga por cinco anos, o chefe de Estado sugeriu que o governo germânico disponibilizasse fundos para auxiliar no desenvolvimento de sete regiões carentes do país, reportou a Bloomberg.
Ele também pediu uma revisão da oferta de 10 milhões de euros (R$ 63 milhões). O valor, no entanto, foi negado por Berlim – metrópole do sudoeste africano entre 1884 e 1915.
“Nunca falei com o lado namibiano sobre números específicos. A Alemanha quer assumir a sua responsabilidade política e moral pelos crimes, todo o resto é especulação”, disse o comissário especial das negociações, Ruprecht Polenz, à Deutsche Welle.
A Namíbia havia especificado anteriormente que a “oferta em cima da mesa” ainda não era aceitável como reparação. “Continua pendente”, disse Geingob, sem dar detalhes.
Em recessão desde 2016, a Namíbia busca uma resposta para progredir em áreas como abastecimento de água, eletrificação rural e educação.
Os alemães não preveem o pagamento de indenizações individuais, como exigem os representantes dos grupos étnicos.
Berlim comprometeu-se a pedir desculpas pelo massacre, considerado o primeiro do século 20. Estima-se que 65 mil hereros e 10 mil namas tenham sido mortos pelos soldados do imperador Guilherme II entre 1904 e 1908.
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