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terça-feira, 8 de junho de 2021

No Baluchistão, acidentes em rodovias precárias matam mais que terrorismo

As precárias rodovias da província do Baluchistão, ao sudoeste paquistanês, já mataram mais que o terrorismo que assola a região, apontou um levantamento da RFE (Radio Free Europe).

Desde outubro de 2019, há registro de mais de 12,6 mil acidentes de trânsito nas estradas que atravessam o território do Paquistão entre as fronteiras com o Irã e Afeganistão, asfaltadas há menos de 20 anos.

Dos incidentes, 16 mil pessoas ficaram feridas e 275 morreram. Em média, foram mais de 20 acidentes de trânsito por dia. No mesmo período, grupos terroristas mataram 300 e feriram 600 pessoas em 260 atentados.

No Baluchistão, acidentes em rodovias precárias matam mais que terrorismo
Rodovia asfaltada na província do Baluchistão, Paquistão, em setembro de 2009 (Foto: Divulgação/Ahmed Sajjad Zaidi)

Os índices tornam-se maiores quando comparados a longo prazo. Desde 2018, cinco vezes mais pessoas morreram ou se feriram em acidentes rodoviários em comparação com todos os atentados terroristas realizados entre 2006 e 2015. À época, a insurgência nacionalista Baluch chegou ao auge na região.

Pelo menos 488 pessoas morreram em 31 ataques suicidas, enquanto 2.238 foram a óbito em quase 3,8 mil acidentes no período. O número de feridos também é expressivo: enquanto mil civis se feriram nos atentados, mais de 5,6 mil ficaram feridas em acidentes de trânsito.

A raiz do problema

A razão para tantos acidentes tem relação com os 45 mil quilômetros de estradas estreitas, segurança precária, tráfego acelerado, imprudência e raros serviços de emergência. Nem mesmo as cinco rodovias principais, responsáveis por conectar a capital Quetta às maiores cidades da região, estão bem sinalizadas.

As rodovias não são divididas, o que faz com que veículos em alta velocidade acabem em colisões mortais. A largura é outro problema: enquanto a média nacional de rodovias do Paquistão possui 15 metros, as do Baluchistão possuem apenas 7,5 metros.

A imprudência dos motoristas e completa inexistência do controle de velocidade, manutenção dos automóveis e uso de cinto de segurança colabora para tantos acidentes de trânsito.

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