Um relatório do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) apontou que o líder da Al-Qaeda, Ayman Al-Zawahiri, está vivo, mas provavelmente “muito frágil” para aparecer em vídeos de propaganda.
“Relatos anteriores de sua morte devido a problemas de saúde não foram confirmados”, diz o documento. O relatório afirma ainda que uma “parte significativa” da liderança da Al-Qaeda está na região de fronteira entre Afeganistão e Paquistão – incluindo Al-Zawahiri.
Outros combatentes fundamentalistas islâmicos alinhados ao Taleban estão em “várias partes” do Afeganistão. A estratégia da Al-Qaeda, a curto prazo, é manter seu “porto seguro” no Afeganistão em prol da liderança central, apontou o documento.
A equipe de monitoramento usou o termo “paciência estratégica” para classificar a posição atual do grupo – versão que coincide com a entrevista concedida por dois membros do grupo em abril. À época, o porta-voz caracterizou o movimento como um “silêncio tático” antes de planejar novos ataques a alvos internacionais.
Contato com o Taleban
O relatório avaliou a comunicação formal entre altos funcionários da Al-Qaeda e Taleban como “atualmente rara”. As relações atuais teriam relação com as recentes negociações para o acordo de paz entre o grupo fundamentalista e Cabul – estagnadas desde a extensão do prazo à retirada das tropas dos EUA para 11 de setembro.
Evidências alertaram para a possibilidade de os grupos terem mantido laços mesmo após a assinatura do acordo mediado pelos EUA em 29 de fevereiro de 2020. No tratado, Washington concordou em retirar as forças do Afeganistão caso o Taleban cortasse relações com grupos terroristas internacionais – inclusive a Al-Qaeda.
Ainda assim, a Al-Qaeda ainda opera no Afeganistão sob a guarda do Taleban nas províncias de Kandahar, Helmand e Nimruz. Além de cidadãos afegãos e paquistaneses, também estão envolvidos civis de Bangladesh, Índia e Mianmar.
O atual líder seria Osama Mahmood – sucessor do falecido Asim Umar. “O grupo [Al-Qaeda] é uma parte tão orgânica e essencial da insurgência que seria difícil, senão impossível, separá-lo dos aliados do Taleban”, diz o documento.
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