O embaixador dos EUA em Serra Leoa, David Reimer, instou o país a proteger seus recursos naturais marinhos após denúncias sobre um projeto de pesca irregular da China nas águas da nação africana.
“Os EUA trabalham para proteger o oceano e combater a pesca ilegal não declarada e não regulamentada”, disse na terça (8), em alusão ao Dia Mundial dos Oceanos, registrou o diário local “Sierra Leone Telegraph”.
O pedido ocorreu após a visita de Reimer a áreas costeiras ecologicamente sensíveis nos arredores das Ilhas Banana. A comunidade internacional se voltou ao país depois que um acordo de US$ 55 milhões entre o governo e a China veio à tona.
Os recursos seriam destinados à construção de um ponto de pesca e uma fábrica de farinha de peixe na praia de Black Johnson. O projeto, que já era debatido há mais de 50 anos, ocuparia 250 acres do território – área equivalente a dez campos de futebol.
Para os opositores da ideia, porém, a obra deve gerar um “desastre humano e ecológico internacional”. Os resíduos liberados na produção industrial de farinha de peixe incluem químicos tóxicos e destroem criadouros – um prejuízo ambiental e econômico à população local.
O governo de Serra Leoa negou as acusações sobre a destruição ecológica e falta de transparência nas transações na China. Ao mesmo tempo, porém, não publicou nenhum documento sobre o negócio.
As águas do país são fonte de renda para boa parte da população local através da pesca de camarão, atum, pargo, cavala, lagosta e caranguejo. Os frutos do mar representam 80% da proteína animal consumida em Serra Leoa, conforme a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
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