Os Estados Unidos buscam licitantes norte-americanos para realizar obras de infraestrutura no maior porto de Israel, em Haifa, informou a Bloomberg. O objetivo é barrar uma possível dominância da China no local.
Privatizado, o local ficará sob a administração de uma corporação chinesa pelos próximos 25 anos a partir de 2021, o que desagradou os norte-americanos.
Autoridades dos EUA teriam levantado preocupações sobre a influência de Beijing no país por meio da obra. Segundo a Frota Marinha norte-americana, há preocupação sobre eventuais falhas de segurança na hora de atracar embarcações com bandeira de Washington no porto de Haifa.
Fontes disseram à Bloomberg que a manifestação de interesse deve ser feita até o final de outubro. Os ativos chegam a US$ 586 milhões (R$ 3,2 trilhões). Nenhuma empresa chinesa manifestou interesse público pela construção até o momento.
Interesses
Agora as autoridades israelenses estariam fazendo “um esforço especial” para levar uma empresa dos EUA ao país, afirmou o chefe de comércio exterior da Associação de Fabricantes de Israel, Dan Catarivas.
O esforço é uma das vantagens estabelecidas pelos EUA em troca da mediação do restabelecimento de relações entre Israel e outros países árabes. Até o momento, Emirados Árabes Unidos e Bahrein selaram o acordo com o Estado judeu.
Empresas com sede em Dubai e Istambul já consideraram a oferta, apesar dos laços diplomáticos tensos entre Turquia e Israel.
Dependente das rotas marítimas para receber cerca de 90% das suas importações, Israel tem nos portos a base de suas articulações comerciais. Os mais importantes ficam nas cidades de Haifa e Ashdod.
Questionados, os porta-vozes das embaixadas dos EUA e China em Israel não quiseram comentar, assim como o gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu.
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