O avanço da violência na região do Sahel, na África, já deixou 7,4 milhões na miséria e em total dependência de ajuda humanitária.
Ao mesmo tempo, a insegurança dificulta o acesso das organizações aos mais necessitados, alertou a ONU (Organização das Nações Unidas).
Na segunda (19) o Programa Mundial de Alimentos pediu a lideranças da região que abram corredores seguros para que o auxílio chegue até as populações mais afetadas de Burkina Faso, Mali e Níger. Os três países estão localizados entre o deserto do Saara e as terras úmidas do centro-sul africano.
A situação está chegando a um ponto de ruptura, apontou o secretário-geral da ONU, António Guterres, nesta terça (20), durante a Conferência Ministerial de Alto Nível sobre o Sahel Central, em Copenhague.
Guterres pediu ajuda da UE (União Europeia) para arrecadar US$ 2,4 bilhões. O objetivo é cobrir os prejuízos e dar assistência à região até dezembro de 2021.
A ONU estima que, só em Burkina Faso, mais de 10 mil pessoas estão à beira da morte por fome após terem ficado ilhadas pela violência. O país tem o maior número de deslocados da região do Sahel, que vive uma onda de ataques desde o início de 2020.
No Mali, estima-se que mais de 288 mil pessoas tenham migrado e, no Níger, 265 mil. Em 2018, a onda de deslocamento na região mantinha-se em uma média de 70 mil. Hoje são mais de 1,6 milhão de deslocados.
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