Universidades norte-americanas teriam omitido mais de US$ 6,5 bilhões em financiamento estrangeiro, concluiu o último relatório do Departamento de Educação dos EUA, divulgado no último dia 20.
Os recursos teriam vindo de China, Rússia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar. Nos EUA, todas as universidades são obrigadas a relatar o recebimento de doações e investimentos estrangeiros.
Só a Universidade Cornell, de Nova York, teria recebido cerca de US$ 1 milhão da gigante de tecnologia chinesa Huawei.
Segundo o relatório, as universidades norte-americanas não cumprem a lei há pelo menos 40 anos. “Queremos fazer cumprir a liberdade acadêmica”, disse a secretária de Educação norte-americana, Betsy DeVos.
A questão, no entanto, acende o alerta sobre a influência da China na vida acadêmica dos EUA, apontou uma reportagem da Radio Free Asia. “A ameaça de influência estrangeira imprópria no ensino superior é real”, disse DeVos.
As autoridades norte-americanas temem que os recursos estrangeiros venham com imposições de restrição ou obrigação de transmitir informações internas a Beijing.
A disputa comercial e tecnológica entre EUA e China já transborda para as atividades de pesquisadores e universidades dos dois países.
Cinco acadêmicos chineses estariam sendo processados por “espionagem industrial” pelo governo dos EUA por terem omitido “afiliações militares” ao pedir o visto.
Com forte investimento no recrutamento de pesquisadores estrangeiros, Beijing teria investido em 200 programas de “caça talentos” desde 2008. Estima-se que cerca de 60 mil cientistas participaram das seleções.
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