O Tadjiquistão, país na Ásia Central, reelegeu o presidente Emomali Rahmon com 90% dos votos na segunda (12), informou a Al Jazeera. Com o resultado, o mandatário permanece no poder até 2027.
A vitória já era esperada no país. Rahmon, que lidera o Tadjiquistão há quase 30 anos, liderava de forma isolada dos quatro candidatos em todas as pesquisas pré-eleitorais.
Desde a primeira “eleição” de Rahmon, em 1994, a OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) nunca reconheceu uma eleição democrática no país.
O político assumiu o controle do país após a independência do país da União Soviética. Entre os ditadores da Ásia Central, Rahmon é o único que permanece no poder sem interrupções desde a derrocada da URSS.
Em um relatório publicado em 9 de julho, a Human Rights Watch descreve o país como “mergulhado em violações de direitos humanos”. Há um aumento de repressão a dissidentes, notificou a organização.
Com a pandemia, a economia do Tadjiquistão se tornou ainda mais frágil, o que acentuou a diferença de renda dos cidadãos do país e das demais nações da Ásia Central, como o Turcomenistão, também ditatorial, e o Uzbequistão, parcialmente livre.
Estima-se que a maioria da população dependa de remessas de parentes no exterior – valor que chega a 40% do PIB (Produto Interno Bruto). Além dos altos índices de desemprego, o país ainda possui uma dívida externa equivalente a mais de um terço do PIB. A China é o principal credor.
Cerca de 85% dos cinco milhões de eleitores aptos a votar entregaram as cédulas, informou a comissão eleitoral.
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