Em resposta às investidas chinesas nos campos militar e territorial da Ásia, Índia e EUA fecharam um pacto militar nesta terça (27). O Acordo Básico de Troca e Cooperação dos dois países garante uma “cooperação geoespacial”, registrou o portal indiano The Print.
Na prática, o acordo possibilitará à Índia o acesso a mapas avançados e imagens de satélite dos EUA. Os equipamentos são capazes de aumentar a precisão de armas automatizadas, drones e mísseis.
Em visita a Nova Délhi, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que “é preciso confrontar a China”. “Precisamos de cooperação para derrotar a pandemia que começou em Wuhan e também as ameaças do Partido Comunista Chinês à segurança e liberdade”, disse.
Em disputa comercial e tecnológica contra Beijing, os EUA têm na Índia um forte aliado.
Em junho, Nova Délhi e Beijing voltaram a brigar por territórios em Ladakh, na fronteira do Himalaia. Com o aumento da tensão, um tiroteio rompeu, no último dia 7 de setembro, o cessar-fogo estabelecido em 1996.
“Vivemos em um momento incerto, com tensões e falhas mais acentuadas”, disse o ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar durante a inauguração do Diálogo Ministerial 2+2, entre Nova Delhi e Washington, nesta terça (27).
Além dos EUA, a Índia já fechou um acordo militar com a Austrália, em junho. Canberra também vive um aumento de tensão contra a China, que aplica sanções econômicas ao país ao boicotar a compra de algodão e carvão australiano.
Pompeo já deixou a Índia e segue seu tour pelo Índico no Sri Lanka, nas Ilhas Maldivas e na Indonésia.
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