O Comitê pela Proteção dos Jornalistas pediu às autoridades da Rússia que investiguem o sequestro do repórter Sergei Plotnikov. Sete homens o renderam e levaram a uma floresta próxima a Khabarovsk, , no extremo leste da Rússia, no dia 15.
Lá Plotnikov foi espancado e recebeu ameaças de morte. O grupo ainda o forçou a desbloquear o próprio celular para que os agressores fizessem uma “vistoria” no aparelho. O jornalista foi liberado em seguida.
Além das agressões ao jornalista, o Comitê também instou o governo russo a garantir a liberdade de imprensa na Rússia.
Plotnikov é repórter da agência independente RusNews, que opera no Youtube. Ele cobriu protestos contrários ao ex-governador da região, Sergei Furgal.
O político teria sido preso por suposto envolvimento em assassinatos no início dos anos 2000. As manifestações começaram no dia 9 de julho e se estendem até hoje em diversas cidades da região.
Alvo de ameaças constantes, Plotnikov solicitou proteção policial. Mesmo após o sequestro, o governo federal ainda não atendeu a solicitação.
Este não é o primeiro caso de agressão e perseguição a jornalistas na Rússia. No dia 2 de outubro, a jornalista Irina Slavina ateou fogo em si mesma em protesto aos abusos e perseguições do governo russo contra seu trabalho, na cidade de Nijni.
Dados da ONG Justiça para Jornalistas apontam mais de 1,1 mil ataques contra jornalistas na Rússia desde o começo de 2020. De 2017 a 2019, 15 profissionais da imprensa morreram e um desapareceu.
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