Belarus deteve 290 jornalistas desde o dia 9 de agosto, início dos protestos contra a sexta reeleição de Alexsander Lukashenko. O governo vem sendo acusado desde então de centenas de violações, que vão de prisões arbitrárias a espancamentos e perseguição aos manifestantes.
Sete profissionais da imprensa ainda estão presos no país, afirmou a RSF (Repórteres Sem Fronteiras) na quinta (22).
No final de agosto, a Associação dos Jornalistas de Belarus já havia alertado sobre detenções e perseguição contra quem cobria os protestos contra Lukashenko. À época, o governo bielorrusso também derrubou mais de 50 sites independentes de notícias.
A repressão a jornalistas fez com que a organização pedisse sanções ao país na ONU (Organização das Nações Unidas). A RSF pede que todas as violações a profissionais da imprensa sejam sejam alvo de investigação internacional.
A organização pede que a ONU imponha sanções e punição a Belarus por crimes contra a liberdade de expressão, tortura e penas cruéis, além da violação de direitos humanos.
Em nota publicada no último dia 7 de outubro, a coordenadora das Nações Unidas em Belarus, Joanna Kazana-Wisniowiecki, afirmou que a ONU já pediu às autoridades do país que libertem todos os detidos e investiguem as denúncias.
“Somos questionados frequentemente sobre o que poderíamos fazer a mais. Eu diria que estamos tentando fazer tudo o que está ao nosso alcance”, disse a representante de Belarus.
Desde o início dos protestos contra Lukashenko, as forças armadas de Belarus já teriam prendido 10 mil pessoas arbitrariamente. O país ocupa o 153º lugar entre 180 países no Índice Mundial de Liberdade de Imprensa da RSF.
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