A desnutrição aguda já atinge a boa parte da população do Iêmen, apontou o último levantamento da ONU (Organização das Nações Unidas), divulgado nesta terça (27).
Uma a cada cinco crianças com menos de cinco anos está desnutrida de forma severa, enquanto um quarto da população de mulheres – grávidas ou lactantes – também dependem de tratamento para a desnutrição.
Especialistas das Nações Unidas, no entanto, estimam um número ainda maior de afetados pela fome no país. Imerso em conflitos, o Iêmen tem a entrada de ajuda humanitária dificultada por grupos armados.
Estima-se que, só em 2020, a incidência de crianças desnutridas tenha aumentado em mais de 15%. As áreas mais afetadas são as de Abyan, Lahj e Taiz. Todas ficam próximas à segunda maior cidade do país, Áden, na porção oeste iemenita.
O pior cenário fica na região de Hodeidah, no oeste do país, já próxima à costa africana. Ali, uma em cada quatro crianças corre risco de morte por desnutrição aguda.
Desde o início da guerra civil, em 2015, o país vive o que se tornou a maior crise humanitária do mundo. Estima-se que 80% dos 30 milhões de habitantes do Iêmen dependem de ajuda para viver.
Além de forçar o deslocamento de milhares, a persistência dos conflitos também dificulta a entrega de insumos básicos à população. Agora a ONU busca arrecadar US$ 50 milhões para expandir os programas de nutrição do país.
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