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sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Prioridade do governo, EUA já acusou 127 supostos membros do MS-13 em 2020

A Justiça dos EUA já denunciou 127 supostos integrantes da gangue salvadorenha MS-13 (Mara Salvatrucha 13) em 2020. O grupo criminoso, criado por imigrantes salvadorenhos, opera com o tráfico de armas, drogas e pessoas.

Conhecida pela violência, a gangue é considerada uma das principais ameaças do crime organizado transnacional nos Estados Unidos.

As autoridades norte-americanas estimam que o grupo está ativo em pelo menos 20 cidades norte-americanas entre os estados da Califórnia, Nova York, Nova Jersey, Maryland e Virgínia.

Prioridade de governo, EUA acusa 127 supostos membros do MS-13 só em 2020
Grafite com a insígnia do grupo MS-13 em Los Angeles, janeiro de 2011 (Foto: CreativeCommons/Walking the Tracks)

Desde 2016, a Justiça dos EUA moveu processos contra cerca de 750 réus ligados à gangue. Seis integrantes já foram condenados à prisão perpétua desde janeiro. Outros 26 devem permanecer presos por, no mínimo, cinco anos, informou o Departamento de Justiça dos EUA à Associated Press.

O procurador-geral, William Barr, pleiteia agora a pena de morte a dois ex-membros. Um deles é Alexei Saenz, acusado de sete assassinatos, incluindo duas adolescentes, em setembro de 2016.

Agenda de imigração

Donald Trump usa a gangue como exemplo em retaliação às “frouxas” políticas de imigração norte-americanas pelo avanço da violência no país.

Com uma forte atuação em El Salvador e Honduras, a MS-13 estaria “recrutando” jovens desses países. Na realidade, grande parte dos membros nasceu nos EUA em famílias que fugiram da guerra civil salvadorenha, de 1979 a 1992.

A gangue, criada nos anos 1980 na periferia de Los Angeles (EUA), teria criado tentáculos na América Central a partir da década de 1990 com a deportação de milhares de membros.

O governo norte-americano tem trabalhando com El Salvador, Guatemala e Honduras para tentar frear o aumento da violência na região.

Imigrantes de El Salvador fundaram a MS-13 em Los Angeles ainda em 1980. O país da América Central liderado por Nayib Bukele – com quem o grupo criminoso teria negociado uma “trégua” para reduzir o número de homicídios no país – definiu a gangue como “terrorista” em 2015.

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