Ao mesmo tempo em que o apoio sobre uma possível declaração de independência da Escócia cresce, a Inglaterra tenta barrar os planos da nação, que integra o Reino Unido.
Em um documento ao qual a Bloomberg teve acesso nesta segunda (19), Londres teria contratado uma empresa de consultoria política para buscar táticas que barrem um referendo pró-independência.
O objetivo seria impedir o Partido Nacional Escocês, que é favorável ao desmembramento, a dar continuidade no assunto caso a sigla seja eleita nas eleições de maio de 2021.
A reivindicação pela independência escocesa é uma forte corrente no país e já dura três séculos. A Escócia chegou a ser independente entre 843 a 1707, e sua reunificação ao Reino Unido é até hoje motivo de discussão entre nacionalistas.
Estima-se que 58% da população apoia a independência. O índice é o mais alto dos últimos tempos e reflete a impopularidade do Reino Unido com os escoceses.
A resposta de à pandemia da Covid-19 e das consequências econômicas deixadas pelo Brexit, sobretudo na relação comercial com a UE (União Europeia) podem ter acentuado o movimento pró-independência.
De acordo com o memorando ao qual a Bloomberg teve acesso, continuar a rejeitar os pedidos escoceses pela independência total pode ser “contraproducente”.
O ideal seria uma concessão maior de poderes à Edimburgo e ratificar um novo acordo por meio do voto popular. Pressionar a União Europeia para rejeitar a ideia também pode ser mais efetivo, diz o documento.
O ministro inglês Michael Gove teria recebido o documento, mas se recusou a comentar o assunto. O conservador afirmou, no entanto, que o governo não encomendou o estudo.
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