Uma pesquisa realizada pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pelo Banco Mundial revela que uma em cada seis crianças vive em pobreza extrema no mundo.
De acordo com os dados levantados entre março e junho deste ano, 356 milhões de crianças vivem com uma média de US$ 1,90 por dia, ou menos. O valor corresponde a pouco mais de R$ 10.
A tendência, no entanto, é que o número de crianças vulneráveis só cresça até que a pandemia seja efetivamente controlada, estimam as instituições.
Hoje dois terços dos jovens em situação vulnerável vive na África Subsaariana. A região é marcada por diversos conflitos marcados pela violência entre grupos armados.
Com a pandemia, muito desses grupos avançam pela região com a facilidade nas fronteiras e com as dificuldades econômicas impostas pelas restrições de mobilidade para contenção do vírus.
“São números que já chocam a todos, mas sabemos que as dificuldades financeiras causadas pela pandemia só dificultarão as coisas”, disse o diretor de programas da Unicef, Sanjay Wijesekera.
“Os governos precisam de um plano de recuperação infantil urgente. Precisamos evitar que um número incontável de crianças e suas famílias atinjam níveis de pobreza nunca vistos por muitos anos”.
Metade é criança
Os dado são assustadores, disse a diretora global de pobreza do Banco Mundial, Carolina Sánchez-Páramo. Segundo ela, entre todos os pobres do mundo, 50% são crianças.
Além disso, os filhos mais novos são os mais vulneráveis: quase 20% das crianças com menos de cinco anos de idade depende de famílias extremamente pobres em todo o mundo.
O levantamento aponta ainda que todos os continentes registraram algum nível de redução da pobreza extrema desde 2013.
A única exceção é a África Subsaariana: a região possui 64 milhões de crianças a mais lutando para sobreviver em 2020, em comparação com 2017. O número corresponde à população da França.
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