Prestes a realizar eleição, no próximo dia 8, Mianmar vive uma onda de violência e de violações a direitos humanos, denunciou a ONU (Organização das Nações Unidas) na terça (27).
Os ataques mais graves são contra comunidades minoritárias, como a muçulmana rohingya e a população do estado de Rakhine. Os rohingya birmaneses, por exemplo, são considerados apátridas.
A ONU também chama a atenção para a intolerância do governo e das lideranças militares com oposicionistas políticos em plena campanha eleitoral.
Depois de 50 anos de ditadura militar, o país budista, no sul da Ásia, iniciou uma transição “democrática” em 2011, liderada por generais. Em 2015, apesar da vitória esmagadora, a líder oposicionista e Nobel da Paz de 1991 Aung San Suu Kyi foi impedida de assumir o cargo.
“Embora as eleições representem um marco importante a Mianmar, o país ainda passa por contínuas restrições à liberdade de expressão”, disse a porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani.
Desde agosto, dezenas de ativistas sofrem perseguição por protestarem pelo fim dos conflitos nas províncias de Rakhine e Chin. Autoridades condenaram seis manifestantes a seis anos de prisão.
Os manifestantes também pediam que as minorias rohingya e rakhine pudessem receber cidadania birmanesa. Hoje essas duas populações étnicas não possuem qualquer direito eleitoral no país.
No dia 16, o governo anunciou que a eleição de Mianmar não ocorrerá em 56 distritos do país – incluindo Rakhine. Desde então, pelo menos oito cidades ficaram sem acesso à internet e há controle sobre quem entra e sai da região.
“Essas violações infringem a lei internacional. Pedimos ao governo que tome providências”, completou Shamdasani.
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