O setor têxtil da Austrália pode sofrer prejuízos se o país persistir na linha anti-Beijing, informou o “The Wall Street Journal”. A China está “desencorajando” as fábricas de roupas do país de usarem o algodão australiano, segundo a associação de produtores local.
“A interferência de Beijing nas fábricas está clara”, disse um comunicado da organização na sexta (16). Cerca de 65% da safra de algodão da Austrália é enviada para a China, o que representa cerca US$ 600 milhões em lucro.
Além do algodão, também há suspeita de que Beijing está diminuindo o consumo de carvão da Austrália.
Canberra tem criticado Beijing, seu principal parceiro comercial, sobretudo sobre as tentativas de expansão chinesa no Mar da China Meridional.
O apoio a líderes europeus na investigação sobre a resposta da China à Covid-19 aprofundou o mal-estar nas relações. Desde então, Beijing já impôs restrições à importação de carne bovina, cevada e vinho da Austrália.
A Austrália enfrenta a primeira recessão em 28 anos desde o início da pandemia. Na última grande crise mundial, em 2008, a China foi vital para a recuperação australiana ao demandar mais minério de ferro para obras de infraestrutura.
Hoje, Beijing é o maior parceiro comercial de quase dois terços dos países do mundo.
De acordo com a think tank Australian Strategic Policy Institute, existem 27 países submetidos ao que a organização chamou de “diplomacia coecirtiva chinesa” – uma forma de controlar os Estados através de restrições ao comércio e turismo.
A Austrália, de acordo com a think tank, é o país que mais sofreu com o método, seguido do Canadá e EUA.
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