Svetlana Tikhanovskaya, principal opositora do presidente Alexsander Lukashenko após as eleições de agosto que desencadearam uma revolta popular em Belarus, agora é considerada foragida pelo país e pela vizinha Rússia, informou a Deutsche Welle na sexta (16).
O governo bielorrusso acusa Svetlana Tikhanovskaya de “derrubar a ordem constitucional”. A Rússia, com quem o governo de Minsk mantém laços próximos, também agora considera a candidata como foragida procurada pela polícia.
“Não estamos surpresas”, disse a porta-voz de Tsikhanouskaya, Anna Krasulina. “Está claro que o regime não tem meios legais de manter o poder”.
A líder da oposição fugiu para a Lituânia após as eleições bielorrussas, em 9 de agosto. O resultado, que garantiu a Lukashenko a sexta reeleição, é o principal motivo para as manifestações contra o regime, marcadas pela violência e forte repressão policial.
Desde o exílio forçado, Svetlana busca apoio com líderes europeus para pressionar pela renúncia de Lukashenko. Na terça (13), ela definiu um prazo para 25 de outubro e, se não houver mudança no Executivo bielorrusso, será convocada greve geral.
Em resposta ao ultimato, milhares de pessoas foram às ruas neste domingo (18) para protestar contra o governo do país. Mais de 100 pessoas foram detidas, informou a AFP.
A opositora desafiou Lukashenko ao assumir a candidatura do marido, Sergei Tsikhanouski, preso dois meses antes das eleições. Desde o pleito em que o autocrata alega ter sido eleito, cerca de 13 mil pessoas foram presas.
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