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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Protestos já deixaram 12 mortos e medo aumenta em Lagos, na Nigéria

*por Julia Possa

Os protestos contra a violência policial terminaram com 12 mortos na madrugada desta quarta (21), em Lagos, a maior cidade da Nigéria. “Lagos sangra”, registrou a manchate do portal local, The Build, no final da noite de desta terça (20).

O número de mortos foi registrado pela Anistia Internacional. O governo, no entanto, não confirma as mortes, embora cerca de 25 pessoas tenham ficado feridas, apontou a BBC. Os protestos acontecem desde o dia 11.

Protestos já deixaram 12 mortos e medo aumenta em Lagos, na Nigéria
Bandeira da Nigéria manchada de sangue após tiroteio policial na localidade de Lekki, na região metropolitana de Lagos, em 20 de outubro de 2020 (Foto: Reprodução/Hon Mykel)

Em entrevista à A Referência, o jornalista nigeriano Babatunde Adeola Novieku, do portal My Nigeria, descreveu a situação do local como um completo caos. “As ruas estão desertas”, disse o repórter, que vive em Lagos.

O toque de recolher está estabelecido e Lagos está vazia nesta quarta (21). “Todos foram avisados para ficar em casa e há muito medo de sair na rua”.

“Ninguém quer deixar a sua família. O que começou como uma chama de esperança para encerrar as execuções extrajudiciais e a perseguição policial, acabou em ainda mais medo. Todos estamos com medo agora”, relatou.

Segundo o jornalista, todos sabem das mortes na cidade de cerca de oito milhões de habitantes. “Ainda que o governo diga que ninguém morreu, sabemos que é mentira”, relata Babatunde. “Pelo menos sete pessoas morreram no confronto de ontem e outras cinco desde domingo”.

Truculência em Lekki

Foi o desafio ao toque de recolher que desencadeou a truculência nesta terça (20), quando manifestantes reuniram-se em um pedágio na área de Lekki, na região leste de Lagos.

Um dos manifestantes afirmou que soldados começaram a atirar diretamente aos ativistas do protesto, que até então ocorria de forma pacífica. “Eles estavam atirando na multidão. Eu vi a bala atingir uma ou duas pessoas”, disse o ativista Alfred Ononugbo à Reuters.

Os protestos acontecem há duas semanas e foram o principal motivo para a diluição do batalhão SARS (Esquadrão Antirroubo Especial). Os agentes da brigada, criada para combater casos de roubos e assaltos, são acusados de assédio, prisões ilegais, tortura e assassinato.

Nesta quarta (21), o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, pediu que a população mantenha a paz e tenha paciência enquanto as reformas policiais “ganham força”.

“A dissolução do SARS foi o primeiro passo em um conjunto de reformas sobre o sistema policial responsável pelo povo nigeriano”, disse, em nota.

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