Dos 206 países analisados pela ONU (Organização das Nações Unidas), apenas 25 adotaram medidas específicas para combater a violência de gênero e apoiar a segurança econômica de mulheres durante a pandemia da Covid-19.
Os dados foram divulgados pela PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e pela ONU Mulheres no último dia 28.
A pesquisa concluiu que a grande maioria dos planos estabelecidos pelos países em resposta à crise deixada pela pandemia negligencia as necessidades das mulheres.
Entre todos os países, 20% (42) não possuem qualquer medida baseada em gênero. Entre eles, Congo, Chade, Eritréia, Irã, Namíbia, Porto Rico e Zâmbia.
Pesquisas já comprovam que a pandemia afeta mulheres de forma mais grave. “São vítimas de violência doméstica presas com os seus algozes, são elas que realizam trabalhos de assistência às famílias e comunidades e são trabalhadoras em empregos sem proteção social“, disse a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.
Regiões de destaque
A Europa é a região líder no combate à violência e atendimento não-remunerado a mulheres durante a pandemia, constatou a ONU. As Américas, no entanto, não ficam atrás: a cobertura de políticas baseadas em gênero cobre 77% do continente – um total de 47 países.
O continente americano é a região com mais políticas para fortalecer a segurança econômica das mulheres.
Entre ações de destaque está o aumento do abono mensal para crianças na Argentina, a continuidade dos serviços de creche na Costa Rica e a alocação de fundos para as vítimas de violência de gênero na Colômbia.
Agora, a ONU sugere que os países deem prioridade à prevenção à violência contra a mulher, destinem recursos adequados à questão e integrem essas políticas em seus planos de resposta à Covid-19.
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