A desobediência da região de Tigré ao realizar eleições locais nos dias 8 e 9 de agosto, na Etiópia, pode ter uma retaliação. Na terça (6), os parlamentares da Câmara etíope determinaram que as autoridades federais cortem o contato com os líderes da região rebelde.
O governo federal deve romper qualquer tipo de relacionamento com a Assembleia Estadual de Tigré, recomentou o comunicado ao qual a Al-Jazeera teve acesso. O documento determina que o governo deve fornecer apenas “serviços básicos” à região.
O partido da Frente de Libertação do Povo Tigré comanda a província. A agremiação esteve à frente do país até 2018, quando o primeiro-ministro Abiy Ahmed subiu ao poder.
As eleições estavam agendadas para agosto deste ano, mas foram adiadas pelo governo da Etiópia para 2021 por conta da pandemia. Ao realizar o pleito, no entanto, o partido oponente ignorou a determinação do governo de Adis Abeba, que tenta conciliar os mais de 80 grupos étnicos do país.
A Frente conquistou 189 dos 190 assentos do parlamento regional e prometeu destituir os representantes que comandam o país em nível federal. “Todas as decisões tomadas pelo governo de Abiy daqui para frente não serão aplicáveis em Tigré”, disseram os líderes da Frente.
Mesmo após ameaças entre o governo de Ahmed e a região de Tigré, o premiê descartou medidas retaliatórias, como intervenção miltiar ou corte de financiamento à província.
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